Aspirantes

  Dom Bosco disse: "O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele"

19 de ago. de 2011

Com Mamãe Margarida

A boa senhora, venerada por todos os que a conheciam, estimada por todos os pobres da redondeza, aos quais, com os poucos meios de que dispunha, sabia socorrer e confortar, tinha compreendido seu filho e, voluntária e fortemente, afrontou o sacrifício que enxergava com clareza.


O afeto profundo e inconsciente à própria terra e às suas coisas é quase metade da vida para essas almas simples, e se transforma na mais pungente das saudades quando elas lhes vêm a faltar. Mas aqui havia de ser vencido para poder caminhar ao encontro de uma existência cheia, por certo, de privações e de sofrimento, não confortada pelo sorriso de ilusão alguma e muito mais difícil de suportar porque era preciso viver entre gente desconhecida.

O filho não tinha nada. Para seguir a voz de Deus e de seus meninos renunciara até ao emprego e à hospedagem de que antes desfrutava. Não lhe sobravam senão as roupas, o coração e a confiança em Deus. Aquele era verdadeiramente o momento e a figura que ela, em seu coração e em seu pensamento, tinha imaginado para o filho: padre e pobre, mas livre de si mesmo e todo para Deus.

Digo também livre de fazer de si o que lhe parecesse bem, porquanto aquela alma forte não o teria tolerado em casa de senhores.

Com lágrimas nos olhos aquela santa mãe tomou seu vestido de noiva, suas poucas joias, seus pobres pertences e a pé, como em peregrinação para o calvário do sacrifício e da caridade, mudou-se com o filho para Turim naquele dia 3 de novembro.

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