Olá amigo internauta! Paz e alegria!
Glauco T. Landim |
Chegou a minha vez de partilhar
com você a história da minha vocação. Antes permite que eu me apresente: eu sou
o Pe. Glauco, salesiano, tenho 31 anos e desde janeiro deste ano estou aqui em
Pindamonhangaba, atuando na obra social que os salesianos mantém nesta casa, na
nossa igreja pública e também colaborando na formação e no discernimento
vocacional dos aspirantes salesianos.
É comum as pessoas perguntarem em
que momento da vida surgiu a decisão de se tornar religioso ou padre. E eu
costumo dizer que, na verdade, a descoberta da própria vocação é um processo -
embora a nossa vida seja feita de alguns momentos bastante marcantes, que
acabam por influenciar as nossas decisões.
Minha vida na igreja começou
bastante cedo. Aprendi em casa, com minha família, que Deus tem o lugar mais
importante em nossas vidas e que nunca deveria deixarmos de agradecê-los por
tudo que ele faz em nosso favor. Com 13 anos, comecei a participar da minha
comunidade, no grupo de jovens que também animava as missas de sábado a tarde.
Estar em comunidade, a serviço da
Igreja, é algo que sempre me preencheu e me fez feliz. Com o passar do tempo,
fui assumindo outros trabalhos como a coordenação da pastoral litúrgica e a
coordenação de um grupo de adolescentes que, além de cantar na missa, também
tinha aulas de violão e o seu time de futebol.
Paralelamente a tudo isso, minha
vida pessoal e profissional também se desenvolvia. Após terminar o Ensino
Fundamental (antigo 1º Grau), fiz o Ensino Médio juntamente com o curso técnico
de Processamento de Dados – área na qual trabalhei por cinco anos depois de
formado. Cheguei a começar a faculdade de Ciências da Computação, mas tranquei
a matrícula depois do primeiro semestre, por conta das inúmeras viagens que
precisava fazer pela empresa na qual eu trabalhava. Em resumo, meu projeto era
simples e muito parecido com o dos outros jovens da minha idade: queria me
desenvolver profissionalmente e ter a minha família.
Tudo mudou depois de uma conversa
muito informal com um padre amigo, depois de uma missa. Ao partilhar sobre como
participar da comunidade me fazia bem e sobre como eu poderia fazer mais, se
não fosse a correria do dia-a-dia, este padre me provocou: “Quem sabe você não
é chamado para dedicar todo o tempo da sua vida para o trabalho na igreja?”
Este questionamento mexeu muito
comigo e resolvi ir atrás desta resposta... senti que essa pergunta vinha do
próprio Deus, que poderia estar me chamando para outra missão – a qual nunca
havia imaginado que poderia ser escolhido. E, de fato, foi assim: comecei
primeiro os encontros vocacionais em minha diocese e depois, com os salesianos,
descobri no projeto de vida de Dom Bosco aquilo que o Senhor pedia que eu
fizesse.
Mudei os meus planos, fiz uma
reviravolta na minha vida e disse sim a Deus: parti para Pindamonhangaba, em
2002, para fazer uma experiência vocacional que iria decidir a minha vida. Decidi
ficar com Dom Bosco e continuar com a sua missão.
Pe. Glauco T. Landim |
Hoje, como salesiano padre, sou
muito feliz e grato pela vocação que recebi de Deus. As dificuldades existem e
os desafios são muitos. Mas a alegria de estar a serviço do próximo e a certeza
de estar no lugar que Deus lhe chamou compensa tudo.
Rezo para que você também possa
fazer essa experiência de não ter medo em ouvir o que Deus pede para a sua
vida. Em alguns casos, como o meu, pode ser que Ele peça algo muito diferente
daquilo que você havia pensado para o seu futuro. Mas só quem faz a experiência
entende como somos muito mais felizes e realizados quando os sonhos de Deus se
tornam os nossos sonhos – quando estamos exatamente no lugar onde deveríamos
estar.
Para terminar minha partilha,
mostro para você no vídeo abaixo, alguns momentos importantes da minha vida e
da minha caminhada de formação com os salesianos, até o dia de minha ordenação
sacerdotal.
Deus lhe abençoe em seu caminho,
lindo e exigente, de discernimento e de resposta vocacional.
Pe. Glauco Félix Teixeira Landim,
SDB
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