O assessor
A assessoria na AJS se fundamenta na convicção de que em todo jovem há traços do bem a serem descobertos e desenvolvidos.
O assessor da PJ é um cristão adulto, chamado por Deus para exercer o ministério de acompanhar, em nome da Igreja, os processos de educação na fé dos jovens. A assessoria só pode ser exercida por quem fez uma opção pessoal, recebeu o envio por parte da comunidade, com aceitação dos próprios jovens.
Identidade e características do assessor
· Identidade psicológica. Uma pessoa adulta que deve ter a capacidade de entender e acompanhar o processo pessoal e comunitário que os jovens estão realizando. Seu processo de amadurecimento psicológico e de formação humana deve ser constante e permanente.
· Identidade espiritual. É uma pessoa de fé. Vive o seguimento de Jesus na opção que faz pelos jovens. Neles reconhece o rosto de Deus e a voz profética do Espírito. Descobre a presença de Jesus no meio deles. Crê em Deus e crê nos jovens.
· Identidade teológico-pastoral. É uma pessoa chamada por Deus para cumprir uma missão na Igreja, é um enviado da comunidade para anunciar e testemunhar o amor de Deus no meio dos jovens. Deve ser uma pessoa de Deus e de Igreja.
· Identidade pedagógica. É um educador; age de acordo com a pedagogia de Deus, seguindo o modelo que Jesus utilizou com os discípulos. Educa a partir da vida e para a vida. Acompanha os processos pessoais e grupais dos jovens. Como educador, situa-se entre os jovens como amigo maduro e orientador.
· Identidade social. É uma pessoa encarnada em sua realidade social e com um profundo sentido de pertença a ela. Conhece e assume as esperanças e as dores de seu povo, de seus jovens. Procura não ficar passivo diante dos desafios que a realidade apresenta. Sente-se chamado a transformá-la.
· Identidade salesiana. Procura encarnar e transmitir com sua vivência o espírito salesiano; por isso é indispensável conhecer profundamente a espiritualidade juvenil salesiana, estar convencido de suas crenças e ter internalizado seus valores. Tem presente, a partir da vivência – enquanto caminho de santidade dos educadores e dos jovens – do Sistema Preventivo, a centralidade da razão, da religião e do amor. A metodologia do assessor é a da assistência-presença. Busca viver entre os jovens, participando de sua vida, contemplando o seu mundo com simpatia, atento às suas verdadeiras exigências e valores. Vivencia atitudes e valores evangélicos a partir de uma base de realismo prático, de uma atitude de esperança, de uma amizade forte e pessoal com o Senhor ressuscitado, de um sentido responsável e corajoso de pertença à Igreja, de um empenho concreto e operante, ajudando os jovens a serem apóstolos dos jovens. Vive a mística do trabalho apostólico e não trabalha sozinho. Tem presente a criação do espírito de família; ama e demonstra que ama.
Tarefas do assessor
· Em relação a si mesmo. Deve se preocupar com sua formação integral, gradual, permanente.
· Em relação à pessoa do jovem. Acompanham os grupos de jovens, mas aos poucos podem ir assumindo o acompanhamento pessoal de cada jovem. Ajuda o jovem a clarear e definir seu projeto de vida e fazer as opções que configurarão seu ser e agir na Igreja e na sociedade. Deve ser alguém apaixonado pela vida.
· Em relação ao grupo. O assessor cria e favorece clima de amizade, confiança, diálogo, fraternidade, espaços de formação integral, organização, compromisso, experiência comunitária de fé.
· Em relação aos coordenadores de grupos. Oferece a eles formação, subsídios, apoio efetivo na caminhada, a fim de que possam ser um serviço para o exercício dessa liderança.
· Em relação aos outros assessores. Não trabalha sozinho e isolado de seu grupo. É chamado a relacionar-se com os outros assessores, numa partilha de vida, confronto de idéias e experiências, apoio na oração, na reflexão e na avaliação.
· Em relação à sociedade. Situa-se dentro da comunidade social como um adulto enviado ao mundo juvenil. Procurará ajudar os jovens a entender a realidade social, a perceber, respeitar e valorizar as diferentes formas de ver e entender o mundo e a história presentes na sociedade. Procurará ainda ajudar os jovens a encontrarem formas de contribuir para tornar a sociedade mais justa e fraterna.
O coordenador de grupo
Um grupo de jovens não vai para frente nem se sustenta sem um coordenador. Mas quem coordena o grupo deve ser um dos jovens do grupo e não um adulto. O jovem deve estar na linha de frente, deve ser o protagonista, o “ator principal”. Jovens sendo evangelizadores de outros jovens.
Identidade do coordenador
· Simples, atencioso, paciente, amigo.
· Animado e animador, entusiasmado.
· Uma pessoa de fé.
· Disponível e serviçal.
· Pessoa que se capacita.
· Organizado.
Tarefas do coordenador
· Preparar e animar as reuniões do grupo.
· Detectar os anseios, as preocupações, interesses, inquietudes e questionamentos de cada membro e do grupo como um todo para que, juntos, possam chegar a respostas significativas.
· Favorecer a convivência fraterna, o respeito, a alegria, a solidariedade, a criatividade.
· Criar no grupo um clima democrático, estimulando a participação e a co-responsabilidade diante dos objetivos e atividades do grupo.
· Animar a uma verdadeira experiência de Deus na oração, na leitura da Palavra, na celebração viva da fé.
· Apoiar iniciativas que nascem da fé em vista da solidariedade com os pobres e com os que mais sofrem.
· Trabalhar sempre em sintonia e em conjunto com o assessor do grupo.
· Manter contato permanente com os responsáveis das obras e presenças e com outros grupos de jovens de sua realidade, com a PJ paroquial e diocesana.
· Descobrir e potencializar as lideranças do grupo.
Fonte: www.salesianos.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário