1911-1942
José Kowalski nasceu em Siedliska, perto de Rzeszów, na Polónia, em 13 de março de 1911, de Wojciech e Sofia Borowiec, sétimo de nove filhos. Seus pais, católicos praticantes, eram camponeses, donos de modesta propriedade.
Depois da escola primária, inscreveram-no no colégio salesiano de Oswiecim (Auschwitz). José logo se distinguiu pelo empenho no estudo e no trabalho, e pela alegria sincera. Entrou para a Companhia da lmaculada e a Associação Missionária, tornando-se seu presidente. Encantou-se com o carisma salesiano e com Dom Bosco, de quem procurou imitar o exemplo: empenho na animação alegre das festas religiosas e civis, presença apostólica no meio dos colegas, em particular, o primado da vida espiritual.
Ainda jovem estudante, começou a redigir seu diário, no qual ressalta sua devoção a Maria Auxiliadora e à Eucaristia: "Ó minha Mãe", escreveu, "eu devo ser santo porque esse é o meu destino. Ó Jesus, ofereço a ti meu pobre coração ( ... ). Faze que eu jamais me afaste de ti e que até à morte permaneça fiel: antes morrer que te ofender, nem mesmo com um pequeno pecado. Eu devo ser um salesiano santo, como foi meu pai Dom Bosco".
Emitiu a profissão temporária em 1928 em Czerwinsk e recebeu a ordenação sacerdotal em 29 de maio de 1938 em Cracóvia. Foi nomeado secretário inspetorial. Cuidava de um coral juvenil na paróquia e se ocupava com os jovens mais difíceis.
Em 1939, a Polônia foi ocupada, mas os salesianos continuaram seu trabalho educativo. Esta foi a razão principal da dramática prisão do Pe. Kowalski, ocorrida no dia 23 de maio de 1941. A Gestapo o capturou junto com outros 11 salesianos que trabalhavam em Cracóvia. Inicialmente foi internado na prisão de Montelupich, na própria cidade; de lá, no dia 26 de junho, foi transferido para o campo de concentração de Auschwitz, identificado sob o número 17.350.
Na prisão se dedicou secretamente ao apostolado: confessava, celebrava missa, recitava o terço, fazia conferências às escondidas - também sobre Dom Bosco -, reforçando nos colegas de prisão a vontade de lutar para sobreviver. Enfrentou sofrimentos, vexações e humilhações.
Descoberto com o terço na mão, recusou-se a pisá-lo, acelerando assim o martírio, que se deu em Auschwitz no dia 4 de julho de 1942. Seu corpo, primeiro, foi atirado na cloaca, depois queimado no crematório do campo.
Seus co-nacionais começaram a venerar sua memória, certos de que seu sacrifício tinha fecundado as vocações polonesas. Também o Papa João Paulo II pensava assim, e se interessou pessoalmente pela causa dos diversos mártires poloneses que, com José Kowalski, quis beatificar em Varsóvia no dia 13 de junho de 1999.
JOÃO PAULO II EMITIU O DECRETO DE MARTÍRlO EM 26 DE MARÇO DE 1999 BEATIFICOU-O EM 13 DE JUNHO DE 1999.
FONTE: Livro: Santos da Família Salesiana Ed: Salesiana
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